segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Marcada - Por Erik Night (segundo capítulo)

Hoje é segunda! Dia de mais um capítulo de Marcada - Por Erik Night!
Bem, neste ele se encontra com Afrodite no corredor, hum... Espero que gostem.


O corredor era estreito e mal iluminado, nada que nos impedisse de ver, com nossos olhos potentes de calouros. Como esperado, Afrodite estava parada em uma posição que qualquer cara acharia sensual, contra o muro. Quando me viu veio em minha direção.
- Erik, pensei que não viria mais, você demorou muito. - Ela tentou me abraçar, mas peguei seus braços e os joguei para longe.
- Afrodite, precisamos conversar. - Disse.
- Pode ser mais tarde? Estava pensando em não falarmos. - Disse Afrodite.
Ela me atirou contra o muro e lentamente se aproximou, dando-me um leve beijo nos lábios, descendo para meu pescoço e apressadamente se ajoelhou aos meus pés.
- Afrodite, pare com isso! Eu vim aqui pra gente conversar, quero botar tudo em pratos limpos. - Disse.
- Que tal você parar de tentar ser um santinho, que você não é, e me dar uma ajudinha aqui, hein?
- Não Afrodite! Eu acho que já te falei antes, mas não me importo em repetir, vim aqui somente para deixar claro que entre você e eu não haverá mais nada! Ouviu o que eu disse? Nada!
- Ah, e você pensa que pode me chutar assim? Depois de tudo pelo qual passamos? Nem vem Erik, você se derrete todo por mim, você sabe que sempre estaremos juntos. - E começou a tentar abrir o zíper da minha calça.
- Pare! - Eu gritei desesperado, já não controlando as minhas forças. Resistir a Afrodite era muito difícil. Eu realmente gostei dela no passado, mas foram suas atitudes hipócritas que a deixaram patética.
- Você realmente não quer que eu pare. - Ela ainda insistia.
- Sim, eu quero. - Falei entre dentes, já começando a sentir raiva. - Levanta.
- Você gosta, eu sei que você gosta. Assim como você sabe que ainda me quer.
Para minha surpresa ela parecia completamente desesperada, um dia essa voz sexy que estava usando havia me atraído para suas garras, mas eu não a aguentava mais. Suas atitudes controladoras, mimadas e pirracentas, que faziam juiz ao apelido ganho pelos outros calouros da House of Night, ‘bruxa do inferno’, agora faziam total sentido. Me senti estúpido por somente agora perceber o quão horrível ela era.
Como última tentativa desesperada ela passou as unhas pelo jeans da minha calça, rasgando minha pele. Sangue começou a escorrer do ferimento em minha coxa. Eu sabia o que ela iria tentar fazer e o quão difícil seria resistir.
- Não! - Surtei. Agora eu é que estava desesperado para tirá-la dali.
Peguei seus ombros com as duas mãos e tentei afastá-la de mim.
- Oh, parou de fingir? - Ela riu de novo, um som sarcástico e maldoso. - Você sabe que sempre ficaremos juntos. - Ela repetiu a frase e com sua língua ela lambeu o sangue que escorria da minha perna. O golpe foi forte, o prazer imediato, mas eu não podia desistir. Continuei com as mãos em seus ombros tentando tirá-la.
- Pare com isso! Eu não quero machucar você, mas você realmente está começando a me irritar. Por que você não consegue entender? Não vamos mais fazer isso. Eu não quero você.
- Você me quer! Você sempre me quis. - Com essa frase ela abriu o zíper da minha calça.
Travei uma batalha dentro de mim naquele momento, uma parte não resistia a ela, lembrando daquela época em que tudo era mais fácil, onde estávamos mais ligados; mas a outra esqueceu totalmente a paixão e repelia Afrodite como se ela tivesse uma doença. Eu realmente não sabia mais o que fazer.
Respirando com dificuldade olhei para o lado. Foi quando a vi. Seus olhos se prenderam nos meus instantaneamente, como se estivéssemos conectados. Não consegui desviar o olhar, podia sentir seu toque, mesmo de longe. Afrodite pareceu desaparecer, tudo desapareceu. Só havia eu e a novata, ou será que ela era uma vampira adulta? Sua marca era diferente, a lua crescente em sua testa estava totalmente preenchida em azul safira. Mas não era possível, ela não tinha aparência de ser mais velha do que eu. A forma como seus olhos estavam assustados me indicavam que ela estava com medo. Também poderia ser pela forma como havia nos flagrado.
Ela era linda, seus traços eram fortes e rígidos. Era estranho, pois, de repente, estávamos só eu e ela no corredor.
- Você não me quer? Não é o que parece. - A terrível voz de Afrodite quebrou a conexão com a garota, fazendo-a se afastar um pouco. Eu não queria que ela fosse, fiquei intrigado por ela, queria descobrir porque sua marca estava daquele jeito.
- Não! - Dessa vez falei com a caloura, não queria que ela tivesse essa impressão de mim. Tentei afastar Afrodite, mas ela estava apoiada na minha perna.
Ela tropeçou para trás, quebrando o contato visual.
- Não! - Gritei novamente e mais alto, para que ela soubesse que eu estava falando com ela.
Afrodite pareceu notar a mudança no meu tom de voz, pois levantou a cabeça e começou a olhar em volta, resmungando e xingando baixinho como um animal selvagem.
Foi quando a novata virou bruscamente e começou a correr na direção oposta.
- Quem era aquela vadia que ousou nos interromper? - Disse Afrodite.
- Interromper o que Afrodite? Nada ia acontecer, você é quem teima em insistir com isso. Agora se levante, por favor.
Vendo que não conseguiria mais nada ela, com relutância, se levantou e, lentamente, andou de um lado para o outro na minha frente.
- Isso é o que você pensa, nós pertencemos um ao outro, você sabe disso não tente negar. Cedo ou tarde você irá ceder, você sempre cede. - Com um risinho diabólico ela se virou jogando os cabelos e saiu andando pelo corredor, deixando-me sozinho, finalmente.

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